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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Mensagem do Dia - Dificuldades nos Relacionamentos


Nosso tema de hoje é sobre as dificuldades que eventualmente encontramos em nossos relacionamentos cotidianos.

Durante nossa adicção ativa, tínhamos muito medo da rejeição. Em razão do nosso consumo de drogas, daquilo que a obsessão por drogas nos levou a fazer como, por exemplo, mentir, manipular, furtar, roubar, entre outros desvios de comportamento, pensávamos que se as pessoas nos conhecessem, imediatamente se afastariam.  Mesmo no caso de outros dependentes em recuperação, acreditávamos que nenhum deles fizera o que fizemos.

As experiências sociais que tínhamos, que geralmente se limitavam a usuários de drogas, traficantes, entre outros, bem como considerando as atitudes que costumávamos ter nos impediam de confiar nas outras pessoas.

Estes fatores nos levaram ao isolamento.

Com a abstinência e a recuperação, naturalmente começamos a nos reaproximar das pessoas. Em alguns relacionamentos como, por exemplo, no trabalho, no grupo, na escola, entre outros lugares, poderemos encontrar algumas dificuldades, alguns conflitos.

A primeira coisa que devemos fazer é um exercício de auto-avaliação, olhar para dentro de nós e procurar qual a parcela que temos em relação à qualidade do relacionamento.

Sabemos que mesmo em recuperação, é comum a criação de modelos perfeitos de nossa parte. Por exemplo, criamos modelos perfeitos de pais, mães, namorados, namoradas, amigos, de nós mesmos, inclusive de relacionamentos. Esses modelos incluem expectativas muito elevadas e irreais que geralmente são responsáveis por algumas de nossas frustrações e intolerâncias. Ressentimentos indicam a dificuldade para perdoar nós mesmos. Além de que pode acontecer que os comportamentos que mais estão nos incomodando nas outras pessoas sejam aqueles que não conseguimos nos livrar.

Feito isto, é fundamental a prática da empatia, que nos coloquemos no lugar dos outros. Nosso egocentrismo geralmente nos impede de preocupar-se com as outras pessoas. Temos a ideia de que os outros vivem em nossa função. Nós somos o centro e o restante, a periferia. Muitas vezes, a pessoa não está em um dia legal em virtude de forças que não possuem quaisquer relações conosco. Precisamos entender isto. Assim como, em outras situações, aceitar que como nós um dia, as pessoas estão trabalhando no sentido de remover seus defeitos.

A partir destas considerações, o que podemos fazer? A literatura de Narcóticos Anônimos (NA) lembra que não nos tornaremos pessoas melhores julgando os erros dos outros. Podemos orar pedindo ajuda ao Poder Superior e principalmente praticar o princípio do amor incondicional. Aplicando a regra de ouro, vamos tratar as pessoas como gostaríamos de ser tratados, independentemente que qualquer coisa. Procuraremos resolver os conflitos que surgirem e não usar um erro ou dificuldade para estereotipar alguém ou definir sua personalidade.

A partir do momento que decidirmos dispensar um tratamento mais amoroso aos outros, é este tipo de tratamento que receberemos. 

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