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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Mensagem do dia - Confiança


Nosso tema de hoje é confiança ou a ausência dela.

Nossa percepção da realidade depende das “lentes” que estamos usando quando olhamos para ela. Em razão de experiências passadas, assim como projetando nossa personalidade no restante da sociedade, não conseguíamos confiar nas outras pessoas durante nossa ativa.

Geralmente, as pessoas com as quais convivíamos eram dependentes químicos. Em grande medida, tinham seu comportamento determinado por drogas. Sendo assim, é natural que estas pessoas mentissem, nos manipulassem, nos furtassem, nos traíssem, nos enganassem, não se preocupassem conosco.

Por outro lado, nós não éramos diferentes. Quando nos aproximávamos de outras pessoas, geralmente éramos motivados por interesses completamente mesquinhos e egoístas como, por exemplo, drogas, dinheiro, sexo, status, entre outros. Mas procurávamos esconder nossos “defeitos”.

Por conseqüência, não conseguíamos acreditar nos outros, mesmo que o comportamento destes apontassem em um sentido mais positivo. Medíamos as pessoas conforme nossa régua. Ou seja, provavelmente também estavam vestindo máscaras.

A qualidade da recuperação depende, fundamentalmente, de confiança. É necessário confiar no programa de NA, na irmandade, nos companheiros, nos grupos, nos profissionais, entre outras.

Há que se reestruturar nossos pensamentos destrutivos e, portanto, torná-los mais claros no sentido que agora em recuperação são outras razões que tem motivado as pessoas com quem nos relacionamos. Segundo Covey (2010), “a confiança é a forma mais elevada de motivação humana. Ela traz à tona o que há de melhor nos seres humanos. Mas exige tempo e paciência (...)”.

De forma geral, temos como característica criarmos modelos perfeitos. Pensamos modelos de pais, amigos(as), namorados(as), inclusive de nós mesmos, entre outros. Isto pode acontecer mesmo em recuperação.

É preciso reconhecer que, assim como nós, as outras pessoas são seres humanos, sujeitos a erros e que estes erros, inclusive, devem funcionar como instrumentos de aprendizado. Além de que temos que aceitar que as pessoas possuem limites. Eles não são permanentes, mas são limites. Portanto, é fundamental a tolerância para com alguns erros ou atitudes negativas, sem que alguma situação pontual possa definir o fracasso da recuperação.

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