Nossa reflexão de hoje é sobre como podemos encarar
a morte de alguém próximo de uma perspectiva mais positiva ou menos negativa.
Se para todo indivíduo não-dependente é
relativamente difícil lidar com o falecimento de alguém que ama, para nós é
muito mais complicado.
Discutimos em outros textos nossas inabilidades
para lidar com frustrações, ou seja, com expectativas não atendidas. Mesmo que
pareça uma estultícia, inconscientemente acreditamos que aquela pessoa sempre
estará ao nosso lado. Se não pensamos em sua imortalidade, certamente temos em
mente que morreremos primeiro.
Também aprendemos que o dependente químico, de
forma geral, oscila entre a independência física, intelectual e financeira na
medida em que pensa que não precisa dos outros e a dependência emocional
considerando que o senso de valor e segurança depende da opinião alheia.
Perder alguém que vivíamos em função e era nossa
referência é muito difícil. A ausência desta pessoa e, por conseqüência, desta
orientação e apoio incondicional pode instalar o medo de não conseguir viver
sem ela, porque dificilmente alguém irá sustentar a visão que criamos de nós
mesmos.
O sentimento de perda será muito grande, não
somente pela ausência de sustentação, mas também porque, em alguns casos, amávamos
aquela pessoa. Entretanto, é um momento propício para aprendermos a lidar com
esta emoção e assim crescer, ao invés de anestesiá-la com substâncias
psicoativas (SPA), além de olharmos o mundo com outra perspectiva.
Steve Jobs levava uma filosofia muito parecida com
o “Só Por Hoje”. Ele acertadamente pensava que se levasse seu dia como se fosse
o último, um dia certamente estaria certo e inevitavelmente perguntava a si
mesmo todas as manhãs se estaria fazendo o que planejara se de fato fosse o
último dia de sua vida, ou seja, se estaria fazendo aquilo que era mais importante
para ele.
Hoje assistimos à palestra de um médico sobre o
mesmo tema e melhorando um pouco a ideia ele explicou que considerar aquele
momento como único é muito mais eficaz do que pensá-lo como último. Ele citou
como exemplos pacientes de câncer em fase terminal. Mesmo não havendo outra
oportunidade em ambos os casos, o momento único é aquele que marca nossas vidas
e muitas vezes a definem.
Segundo Covey (2010), um exercício muito eficaz
para identificar aquilo que é realmente importante para nós é imaginarmos que
estaríamos participando de nosso próprio velório. Alguém representando nossa
família, outro os amigos, os colegas de trabalho, entre outros, todos falariam
sobre nossa história de vida e tentariam nos definir. Como gostaríamos de ser
lembrados?
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